sábado, 15 de outubro de 2016
Capitão Fantástico
"Capitain Fantastic", de Matt Ross (2016)
O ator Matt Ross encontrou na Direção o elo que faltava para mostrar o seu lado artístico para a platéía. Arrebatando o prêmio de Direção na Mostra "Quinzena dos realizadores" em Cannes 2016, Ross buscou material para o seu filme em experiência pessoal com sua família, e provavelmente, em 2 filmes seminais do cinema independente americano:"Na natureza selvagem" e "A pequena Miss Sunshine".
Ben ( em interpretação visceral de Viggo Mortensen) é pai de 6 filhos. Ele mora com a família na floresta, ensinando às crianças valores da vida, longe da sociedade de consumo e valorizando o socialismo e a vida em comunidade. Nesse universo neo-hippie. faltou espaço para a esposa, Leslie, que durante internação no hospital, acabou se suicidando, vitima de bipolaridade e depressão. Chocados, a família decide ir no funeral dela, mesmo contra a vontade dos pais de Leslie, que acusam Ben de tê-la matado.
Com uma ótima, segura e sensível direção, Matt Ross, que também escreveu o roteiro, acerta ao mostrar os 2 lados da personalidade de Ben: para uns, um pai herói, e para outros, um pai que destruiu a vida dos filhos. É um filme que fala sobre uma utopia possível, o ideal de um mundo onde o amor, a inteligência e a união pode ser a salvação. A performance de todos os jovens, especialmente as 2 crianças pequenas, são formidáveis. Destaque para a participação especial de Frank Langella, no papel do pai de Leslie, em atuação sublime.
Bela fotografia e trilha sonora.
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