segunda-feira, 10 de outubro de 2016
Eu, Daniel Blake
"I, Daniel Blake", de Kean Loach (2016)
O cineasta Ken Loach mais uma vez abraça o cinema humanista e social, ganhando a Palma de Ouro em Cannes 2016 por esse belíssimo libelo a favor da solidariedade. Capitaneado por um time formidável de atores, o detaque vai para Dave Johns e Hayley Squires, o primeiro no papel principal, e a segunda no papel da sofrida Katie.
Daniel Blake é um carpinteiro de 40 anos de serviço, que um belo dia, sofre um problema do coração e precisa se afastar do trabalho. Porém, ao dar entrada no auxílio desemprego, seu pedido é negado por quê os peritos não concordam com o parecer da médica, que diz que Blake está proibido de trabalhar. Revoltado, Blake procura entrar com um processo contra a instituição do Governo. Em seu caminho, surge Katie, mãe solteira e com dois filhos pequenos, que também luta contra o desemprego e a fome.
Forte e emotivo, chorei muito na cena que acontece dentro da Cesta básica. O trabalho dos atores é algo de impressionante e monstruoso. Sou um grande apreciador do trabalho de atores ingleses, sempre em busca de minimalismo e da vivência do momento. O filme apresenta um dos personagens mais cativantes que surgiram no cinema recentemente, Daniel Blake prova que ainda é possível ajudar ao próximo, e encontra quem o ajude nessa luta.
Uma pena que ambos os atores não saíram premiados em Cannes.
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