segunda-feira, 31 de outubro de 2016
A garota no trem
"The girl on the train", de Tate Taylor (2016)
Sai do cinema sem saber se havia gostado do filme. Li duas críticas díspares: a do Globo, fala mal e acusa o filme de ser melodramático. A da Folha de São Paulo exulta considerando-o praticamente uma obra prima. Baseado em best seller, o filme conta a história de Rachel ( Emily Blunt), alcoolat e divorciada de um homem agora casado com Anna. A babá de Anna, Megan, mora a duas casas ao lado. Do trem, Rachel acompanha diariamente pela janela essas duas casas, e imagina histórias de Felicidade. Até que um dia, ao seguir Megan, achando ser Anna ( as duas são semelhantes), ela testemunha o desaparecimento dela dentro de um túnel. Desmemoriada, Rachel não se lembra de nada, e passa a ser considerada suspeita pelo sumiço dela.
O ritmo do filme é bem lento, e somente no terço final vai pegando na trilha de suspense. Até então, o filme narra o drama de três mulheres tristes e depressivas, todas desejando ser mãe e serem amadas.
O roteiro mostra os personagens femininos como desequilibradas, e em tempos de patrulha feminista, talvez não seja apreciado com tanto empenho, ainda mais com a violência apresentada no filme.
O que realmente traz interesse ao filme é a atuação de Emily Blunt, ótima na composição da mulher atormentada pela tristeza. A edição e' complexa e confusa, tem que prestar bastante atenção na trama.
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