"Romeo and Juliet", de Simon Godwin (2021)
Primeira incursão cinematográfica da mundialmente conhecida National theatre de Londres. A National Theatre é uma das três companhias de teatro mais importantes do Reino Unido, ao lado da Royal Shakespeare Company e da Royal Opera House. Localizada em Londres, foi criada em 1963 e seu primeiro diretor foi Laurence Olivier.
A versão de SImon Godwin para 'Romeu e Julieta" a ser apresentada no National theatre com os astros John O'connor e Jessie Buckler, dois dos melhores atores jovens da Inglaterra, teve a sua temporada suspensa por conta da pandemia da Covid. Mas a CIA decidiu algo inédito: encenarem o espetáculo para um teatro vazio e, durante 17 dias, filmá-lo para as telas do cinema. O resultado e um filme ousado, metalinguístico, todo encenado nos palcos, com criativa direção de arte, fotografia e uso de câmeras sempre em movimento.
O filme é pop assim como a versão de Barz Luhman, com trilha sonora eletrônica, e ambientação transposta para os dias de hoje. Mas aqui a encenação é teatral com linguagem de cinema. Os dois atores principais estão sensacionais, e o diretor consegue imprimir uma dinâmica que o faça ser apreciado como filme, e não como teatro filmado. Um filme ousado e que pode não agradar a todos, mas apreciar a performance de jovens atores ingleses declamando a difícil verbalização do texto de Shakespeare, é um bálsamo.
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