sábado, 2 de abril de 2022

Paris, 13o distrito


"Les Olympiades", de Jacques Audiard (2021)
Habitueé do Festival de Cannes, de onde saiu com prêmios pelo visceral "O profeta" e a Palma de ouro em 2015 pelo excepcional "Dephann", o francês Jacques Audiard tem uma filmografia de tons ecléticos. Agora, novamente concorrendo em Cannes, de onde saiu com o prêmio de melhor trilha sonora, Audiard chega com "Paris, 13o distrito", um roteiro inspirado a partir de uma seleção de contos do cartunista americano Adrian Tomine. O filme acompanha 4 personagens, e assim como em "Shortbus", o sexo e o tesão move os personagens, um fazendo sexo com o outro para saciar a melancolia e a tristeza de se morar em uma grande metrópole. Rodado em belíssimo preto e branco fotografado por Paul Guilhaume, o filme conta a história de Emilie (Lucie Zhang), uma Taiwanesa que mora em Paris. Ela trabalha em um call center e como garçonete em um restaurante quando decide alugar o quarto vago de seu apartamento para o professor Camille (Makita Samba). OS dois acabam tendo um caso. Em outro lugar, Nora (Noémie Merlant) está começando a faculdade de direito na casa dos trinta, mas encontra sua posição social em um estado quando é confundida com a famosa estrela pornô online Amber Sweet (Jehnny Beth) em uma boate. Nora conhece o professor Camille e tem um caso com ele.
Co-escrito com Léa Mysius e Céline Sciamma, essa última realizadora de "retrato de uma mulher em chamas". Audiard fica com muita elegância as cenas de sexo, a nudez e o romance entre os personagens. Os atores são ótimos, as atuações são naturalistas e o ritmo rola lento, quase minimalista nas ações.

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