"Illusioni perdute", de Xavier Giannoli (2021)
Adaptação da obra de Honoré de Balzac, composta de três livros, o cineasta Xavier Giannoli concorreu no Festival de Veneza e venceu diversos prêmios Cesar. Com um elenco estelar, composto por Xavier Dolan, Gerard Depardieu, Cecile de France, Vincent Lacoste e Benjamin Voisin ( protagonista de "Verão de 85", de Ozon). o filme encanta pela parte técnica: excelentes fotografia, direção de arte, figurino, maquiagem e trilha sonora.
Na França de 1820, na cidade do interior de Angoulême, Lucien Chardon (Benjamin Voisin), um jovem ambicioso trabalha em uma gráfica, mas à noite escreve poemas sentimentais e sensuais para sua amante secreta, a aristocrática Madame Louise (Cécile de France). Louise acha que ele é um gênio, sua família aprecia seu talento e, com esse apoio, Lucien sabe que é apenas uma questão de tempo até que ele se torne famoso. A vida começa a melhorar para Lucien, que rapidamente se destaca. Louise se separa de seu marido e vai com Lucien para Paris. Mas logo ela entende que a cidade grande é diferente do interior e que a diferença de classe social é fundamental para alguém se manter. Ela é obrigada a se separar dele. Sem dinheiro, Lucien vai trabalhar de garçon em um restaurante e conhece o jornalista Etienne (Lacoste), que escreve matérias pagas e tendenciosas. Ele se torna um crítico do jornal depois de ameaçar um novo romance da estrela literária em ascensão Nathan (Xavier Dolan), e se apaixona por Coralie (Salomé Dewaels), uma atriz doce e talentosa. Lucien descobre que o compromisso com a ética e a verdade não é o forte dos jornalistas. O filme faz uma crítica pesada aos fake news e imprensa marrom, através da história das ascenção e queda de um jovem idealista mas que se vendeu pela corrupção jornalística.
Uma história quase que semelhante a Mephisto, e que termina de forma trágica. Atuações brilhantes do elenco e um filme que prende a atenção do espectador com seus subtextos sobre ética.
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