domingo, 21 de novembro de 2021

Um crime em comum


"Un crimen comun", de Francisco Márquez (2020)
Dois motivos para se assistir a esse belo e intimista drama de suspense psicológico argentino: a performance arrebatadora da atriz Elisa Carricajo, e o desfecho libertador e metafórico sobre o desabafo e libertação de uma mulher, em uma montanha russa.
Concorrendo no Festival de Berlin e em Mar del Plata, "Um crime em comum" fala sobre o abismo social na sociedade argentina.
Cecilia (Elisa Carricajo) é uma professora de sociologia, divorciada e mãe de um filho de 6 anos. Ela tem uma empregada, Nebe, que trabalha para ela há nos e que mora na periferia. Cecilia e uma professora que acredita em seu ponto de vista e por isso, não dá muito crédito aos alunos. Uma noite chuvosa, o filho adolescente de Nebe pede ajuda, fugindo da polícia. Cecilia ignora o pedido e não abre a porta. Dias depois, o corpo dele é encontrado no rio, e Cecilia passa a ser assombrada pelo fantasma dele.
O filme tem um ritmo lento demais, mas pela atuação da protagonista vale assistir. O roteiro é bom, com muitos momentos simbólicos. A cena de Cecilia perdida no labirinto da comunidade onde Nebe mora também é assustador e muito bem dirigida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário