"O prisioneiro da grade de ferro", de Paulo Sacramento (2003)
Lançado no mesmo ano que "Carandiru", de Hector Babenco, em 2003, o super premiado documentário de estréia de Paulo Sacramento abocanhou prêmios em importantes Festivais, como Festival do Rio, Tribeca, Gramado, Grande prêmio do cinema brasileiro, entre outros. Rodado um ano antes da implosão do complexo de detenção de Carandiru, ocorrido em 2003, o filme é um trabalho cooperativo realizado junto de 20 detentos, que aprenderam técnicas de roteiro, direção e uso de câmera para narrar o ponto de vista de quem está dentro do presídio. Driblando censura interna e deixando que nada interfira na apresentação do interior do presídio pelo olhar dos detentos, Sacramento só não conseguiu com que esses mesmos detentos acompanhassem a pós -produção: ou seja, a edição não lhes foi permitida. O filme lembra um pouco o posterior "Cesar esta morto", dos irmãos Taviani, que apresenta detentos de segurança máxima estimulados pela atuação. A arte abrindo possibilidades para quem se acreditava sem futuro.
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