"7 prisioneiros", de Alexandre Moratto. Após o grande sucesso do drama independente "Sócrates", o cineasta Alexandre Moratto repete a parceria com Christian Malheiros e abocanhou um prêmio especial no Festival de Veneza 2021.
Com um tema semelhante ao drama "Pureza", de Renato Barbieri, o filme fala sobre trabalho escravo nos dias de hoje e sobre o mito de Mephisto, que vende a sua alma ao diabo, em nome da ambição.
Christian é Mateus, um jovem que mora no interior de Sao Paulo com sua mãe e duas irmãs. Pobres, Mateus decide ir até a capital com seus 3 amigos para poderem trabalhar em um ferro velho, comandado por Lucas (Rodrigo Santoro). Para surpresa dos rapazes, eles são obrigados a trabalhar e esquema de trabalho escravo, sem direito a nada, muito menos sair, sob ameaça de violência contra eles e os familiares. Mas Mateus se torna assistente de Lucas e vai gostando do serviço.
O melhor do filme é o trabalho extraordinário de Chrstian Malheiros, um dos melhores atores da nova geração. Santoro também está ótimo, além de todo o elenco dos jovens escravos, todos em registro minimalista e naturalista, contidos. Um filme forte, contundente, uma metáfora do Brasil do jeitinho, do quem leva a melhor, da corrupção e do egoísmo.
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