"Detetive MadeinUsa", de Rodrigo Van Der Put (2021)
Existem filmes que têm como missão alegrar seus fãs, e não a crítica. Na filmografia brasileira, foi assim com os filmes da Xuxa, dos Trapalhões, e agora, com "Detetive MadeinUsa". O filme é um exculacho total e busca referências nos filmes besteirol dos anos 80, como "Top secret" e "Corra que a polícia vem aí", dentro de um tempero totalmente brasileiro, ou seja, com picardia, exculhambação e um time de atores celebridades que são o chamariz do público principalmente da internet. Tirullipa, Gkay, Whindersson Nunes, Antonio Tabet. A eles se juntam os improváveis no gênero Aisha Jambo, Luana Tanaka e Bruno Montaleone. As participações especiais são uma salada eclética: o nadador Gustavo Borges, o Dj Alok, Gretchen, o lutador Wanderlei Silva, o cantor Wesley Safadao e a cantora Pabblo Vittar. Mas de todos, cabe a Montaleone a grande surpresa do filme. Sem abusar da caricatura, o ator surpreende na comédia maluca fazendo um tipo genuinamente sedutor e divertido.
Tirulipa é Madeinusa, um político demitido pela honestidade e que junto de seu melhor amigo Uóston (Montaleone), decide montar a agência de detetives, onde se juntam Gkay, Aisha Jambo e Luana Tanaka, cada uma com sua especialidade. Claro que o filme sacaneia todos os filmes de ação, e no meio de um festival de sandices de gosto duvidoso, fica a sensação de que um novo público de cinema está se formando, já há um tempo, que consome um tipo de produto oriundo da linguagem do conteúdo das redes sociais. O cinema é plural e portanto, gostando ou não do filme, o espectador certamente irá soltar algumas boas gargalhadas de tanta insanidade vista nas telinhas.
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