"Passing", de Rebecca Hall (2021)
Exibido no Festival de Sundance, "Identidade" é a formidável e extraordinária estréia na direção da atriz Rebecca Hall. Adaptando o livro de Nella Larson escrito em 1929, "Passing", termo que significa quando uma pessoa de uma raça se faz passar por outra para ser aceito e esconder as suas origens.
Com um trabalho impecável das atrizes Tessa Thompson e Ruth Negga, nos papéis de Irene e Clare, duas amigas mestiças de faculdade que perderam contato e anos depois, se reencontram. Ambas casadas e com filhos, na década de 20 em Nova York. Mas algo mudou para as duas: Ambas procuram escondem as suas raízes. Clare é casada com um homem branco (Alexander Skasgard, novamente em papel de vilão), sem tomar conhecimento de que sua esposa é negra. Já Irene é casada com um médico negro e tem dois filhos e procura esconder das crianças a realidade cruel do negro nos Estados Unidos. Entre as duas, o desejo de uma querer pertencer ao mundo da outra.
Fotografado com belo preto e branco que simboliza a questão da palheta de cores, o filme é dirigido com bastante sensibilidade e uma mão artística de Rebecca Hall, que deixa aflorar o tempo do respiro, do pensamento. Um tema complexo, explosivo, que surpreende por ter sido escrito em 1929 e com tamanha atualidade no debate.
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