segunda-feira, 4 de julho de 2022

Um bom homem


 "A good man", de Marie-Castille Mention-Schaar (2020)

Concorrendo no Festival de Cannes em 2020, "Um bom homem" é um drama LGBTQIAP+ com um roteiro polêmico e controverso, representando o que a nova tradução do termo "família" significa para os dias atuais onde o debate sobre gênero parece suscitar debates intermináveis: Aude (Soko) e Benjamin (Noémie Merlant) estão em um relacionamento amoroso há seis anos. Quando Aude começa a sofrer profundamente por não conseguir engravidar, Benjamin toma uma decisão, optando por carregar a gravidez. A questão é: Benjamin é um homem trans. Em flashback, seis anos atrás decsobrimos que Sarah era o nome anterior de Benjamin, uma mulher cis, e apaixonada por Aude, que conheceu em uma badala, elas decidem ficar juntas. Sarah decide fazer transição para Benjamin, e se mudam para a Ilha de Groix, na Bretanha, por conta de ataques transfóbicos. Benjamin é enfermeiro, Aude é professora de dança. Quando Benjamin decide engravidar, ela precisa reagir à fúria de sua família, que teme que as pessoas possam falar, e aos amigos que desconheciam que Benjamin era um homem trans e agora, com a gravidez, torna-se impossível esconder.

Com um trabalho absolutamente formidável da atriz Noémie Merlant, uma mulher cis, em polêmica escolha da produção e direção do filme em tempos de lugar de fala. Sua caracterização também impressiona, com uma barba perfeita. Soko, cantora famosa e atriz, também está muito bem em papel bastante complexo. Uma fala de sua personagem é comovente: 'Eu não carrego o bebê no meu colo. Legalmente, não sou pai nem mãe.".
Um roteiro incrível, levado com muita seriedade, e dirigido com sutileza e bastante empenho.

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