"Viens je t'emmene", de Alain Guiraudie (2022)
Filme de abertura da Mostra Panorama do Festival de Berlim 2022, "O herói de ninguém é dirigido pelo cineasta dos escandalosos e polêmicos 'Um estranho no lago" e "Na vertical", filmes repletos de cenas de sexo explícito envolvendo gêneros.
Em "O herói de ninguém", Guiraudie volta a apresentar o sexo de forma naturalista e fria, mas dessa vez, dentro de um estranho formato de comédia dramática incômoda, lidando com temas contemporâneos como islamismofobia, terrorismo, misoginia, machismo.
"A vida não tem que parar por causa de um ataque terrorista", diz Méderic enquanto faz sexo com uma prostituta e alega que não há motivos para ela parar o coito. Diante de uma cena inusitada, somos apresentados a Médéric (Jean-Charles Clichet), um analista de sistemas, apaixonado pela prostituta de meia idade Isadora (Noémie Lvovsky), por quem ele se apaixona, ao dar de cara com ela fazendo programa na rua, enquanto ele fazia uma caminhada. Mederic é contra quem faz sexo por dinheiro e pede a Isadora fazer sexo com ele sem ela cobrar, o que ela acaba cedendo e curtindo o rapaz. Flagrados pelo marido ciumento de Isadora, que é contra ela se prostituir, Mederic encontra um jovem imigrante árabe, Sélim (Illiès Kadri), um sem-teto procurando um lugar para passar a noite. O fato de ele parecer um terrorista ainda à solta alarma Médéric, mas não o impede de receber o menino em seu prédio e, eventualmente, em seu apartamento, onde eles se tornam companheiros de quarto. Mas os vizinhos, assim que descobrem que Mederic hospeda um árabe, fazem protestos.
O filme possui muitos personagens e isso acaba diluindo bastante a história, centrada em muitos assuntos. As cenas de sexo são exploradas de forma tosca por Guiraudie, que filmes as cenas sem qualquer tipo de pudor e preocupação em parecerem bonitas. Achei esse o filme menos interessante de Guiraudie.
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