"Where is Anne Frank", de Ari Folman (2021)
Após o grande sucesso de "Valsa para Bashir" em 2008, o cinestas Ari Folman retorna com outra animação, uma ambiciosa versão em desenho animado de "Os diários de Anne Frank". Mas mais ousado ainda, é juntar à história da menina judia que foi morta em Auschwitz em 1945, uma outra personagem, a amiga imaginária Kitty, descrita no diário, que surge nos dias de hoje no Museu de Anne Frank, alheia ao que aconteceu à Anne, e que parte em sua busca. Ela se envolve com refugiados, entre eles, a familia de Peter, que vieram de Mali. As histórias seguem paralelas, com Anne apaixonada por Peter Van Damm, e Kitty, por Peter, o refugiado.
Filho de sobreviventes de Auschwitz, Folman decidiu o diário para jovens. Os traços unem 2D e stop motion, e é todo ambientado em Amsterdam, na casa de Anne, na casa aonde ela se refugiou de 42 a 44 e em Auschwitz. O filme é triste demais, obviamente, e Folman não faz concessões. Ele faz um relato bastante contundente da crueldade do nazismo, retratados como um exército de monstros zumbis, ao autoritarismo da política contra os refugiados.
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