"El olvido que seremos", de Fernando Trueba (2021)
Premiado drama autobiográfico, adaptado do livro de memórias escrito por Héctor Abad Faciolince e centra-se em seu pai, Héctor Abad Gómez, um proeminente médico e ativista de direitos humanos na polarizada e violenta Medellín dos anos 70. Suas críticas ao regime colombiano levaram ao seu assassinato por paramilitares em 1987. Fernando Trueba, o diretor espanhol, é realizador de importantes filmes, como "A dançarina e o ladrão", 'Chico e Rita".
Hector Abad Gómez (Javier Camara, ator fetiche de Almodovar) nasceu em Medellin, e é adorado por sua família, por seus alunos e pela comunidade local, em cujas ruas ele é uma figura inspiradora, fazendo proselitismo pelo que chama de cinco direitos humanos básicos: ar, água, comida, abrigo e afeto. Mas ele é continuamente assediado pelas autoridades por essas visões progressistas e forçado a tirar uma licença sabática evasiva no exterior em um estágio e, finalmente, se aposentar antecipadamente.
O filme, rodado em preto e branco e cores, é narrado em tom de memória, apresentando Hector desde os anos 70 até o ano de 1987. O filme tem uma excelente reconstituição de época, com bons atores, direção de arte e figurinos competentes. É um libelo contra a intolerância, contra uma extrema direita violenta que massacra o pensamento libertador. Um filme comovente, com atuação espetacular de Javier Camara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário