"Ennio", de Giuseppe Tornatore (2022)
Dois arrependimentos na vida, um meu, e outro de Morricone: o meu foi de não ter assistido ao concerto do Maestro quando esteve no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em maio de 2007. O de Morricone, foi de não ter feito a trilha de "Laranja mecânica", de Kubrick, por pura sabotagem de Sergio Leone, que sem avisar Morricone, disse à Kubrick que ele estava ocupado fazendo a trilha de "Um punhado de dólares".
Nascido em 10 de novembro de 1928 e falecido em 6 de julho de 2020, aos 91 anos, Morricone foi 6 vezes indicado ao Oscar: "Cinzas no paraíso", "A missão", "Os intocáveis", "Malena", "Bugsy" e "Os 8 odiados", pelo qual ganhou finalmente o Oscar em 2016 ( ele havia ganho um Oscar honorário em 2007). Morricone deu entrevista para o cineasta Giuseppe Tornatore entre 2015 a 2019, em sua casa, em Roma. Para Tornatore, sue amigo, ele já havia composto várias trilhas, como a inesquecível de "Cinema Paradiso" e "Malena". O filme acompanha de forma cronológica toda a história musical de Morricone: querendo ser médico, foi obrigado pelo sue pai a se tornar músico para sustentar a casa. Desde a primeira trilha, composta em 1962, até a sua morte, ele compôs 528 trilhas. Somente em 1969, foram lançados 29 filmes!!! com trilha assinada por ele. Trabalhando em todos os gêneros: comédia, romance, drama, histórico, terror, faroeste, guerra, Morricone trabalhou com inúmeros e famosos cineastas, e boa parte dá entrevista no filme, além de compositores: Bertolucci, Roland Joffé, Clint Eastwood, Quincy Jones, etc, além de músicos como Bruce Springsteen e Pat Metheny.
Assistir a esse documentário imperdível e obrigatório é um verdadeiro passeio pela história do cinema, tanto em termos de imagem, quando musical. Dá vontade de ver e rever todos os filmes apresentados, além de escutar as trilhas. Impossível não se emocionar.
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