"Paradise highway", de Anna Gutto (2022)
Drama independente americano escrito e dirigido pela cineasta Anna Gutto, tem um dos castings mais bizarros que vi recentemente. A musa francesa Juliette Binoche interpreta uma caminhoneira americana de estradas, irmã de sangue de Frank Grillo, um ator americano. Juliette tentando fazer a americana nascida nos Estados Unidos, falando de forma coloquial, repleta de palavrões, é estranhíssimo. Mas enfim, é Juliette Binoche, e aí o espectador fã da atriz acaba relevando isso. O elenco também tem Morgan Freeman, pela enésima vez interpretando um policial investigativo.
Juliette é Sally, uma caminhoneira solitária que tem como companheiras, as outras caminhoneiras, com quem conversam pelo rádio. O irmão de Sally, Dennis (Frank Grillo) está preso, e para que ele não leve surra dentro do presídio, Sally é obrigada a fazer carregamentos ilícitos pela estrada. Na última visita, Sally descobre que precisa levar uma menina de 10 anos , Leila (Hala Finley) como carregamento de tráfico de garotas para fins sexuais. Sally aceita, para evitar que batam em Dennis, mas no caminho vai se envolvendo com Leila e acaba ficando em um grande conflito.
Histórias de pessoas solitárias e broncas que se envolvem com crianças já vimos inúmeras vezes, sendo uma das mais conhecidas "O assassino", com Nathalie Portman, ou "Gloria", de John Cassavettes. O desfecho já conhecemos, então o que vale é assistir performances. Binoche arrasa, mas o filme é óbvio demais e longo, e não oferece surpresas.
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