sábado, 28 de agosto de 2021

Teerã tabu


"Teheran tabu", de Ali Soozandeh (2017)
Premiada animação do cineasta iraniano Ali Soozandeh, radicado na Alemanha, também autor do roteiro. O filme concorreu no Festival de Cannes e em Annecy, maior Festival de animação do mundo. O filme é um drama melancólico e trágico sobre personagens que sucumbem às duras leis islâmicas do Irã, e principalmente, onde as mulheres enfrentam seu destino em uma sociedade machista e patriarcal.
O filme foi rodado com atores e depois sofreu o processo de rotoscopia, visto em "Valsa para Bashir" e "Scanner darkly", de Richard Linklater.
A prostituta Paru procura sobreviver com seu filho Elias, mudo, de 6 anos. O marido está preso e não lhe dá o divórcio. Sem condições financeiras, Paru aceita a proposta de um juiz arrogante: ser amante dele e assim, poder morar na casa dele. Paru se torna amiga da vizinha Sara, uma mulher grávida mas infeliz no casamento, pois o marido não permite que ela estude ou trabalhar. E por fim, o músico Babak transa com a jovem Donya no banheiro de uma boite, mas no dia seguinte ecebe uma ligação da jovem dizendo que se ele não arranjar uma cirurgia para reconstrução de hímem dela, o noivo dela irá matar os dois.
O filme trata os personagens com dignidade, mas a vida dura e sofrida em Teerã impede que eles encontrem paz e felicidade. Cada um carrega uma tragédia em suas vidas. O cineasta Ali Soozandeh tinha a intenção de filmar o longa com atores, mas devido a impossibilidade de filmar um drama com temas tão fortes, resolveu filmar na Alemanha com atores em estúdio e depois fazer rotoscopia, aplicando imagens de Teerã.

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