"Para onde voam as feiticeiras", de Beto Amaral, Carla Caffé e Eliane Caffé (2020)
Diretoras de "Era o Hotel Cambridge", as irmãs Carla e Eliane Caffé voltam a apontar as suas câmeras para marginalizados da sociedade. Agora, o foco são integrantes de comunidade LGBTQIA+ e comunidades indígenas e negros. São os eles os protagonistas e quem conduzem o filme que é um documentário político e social, formado por ativistas e artistas de rua. Preta Ferreira, Wan Gomes, Vitor Lopes, Mariana Mattos Martins, Gabriel Lodi, Ave Terrena Alves e Fernanda Ferreira Ailish são homem e mulher trans, travestis, mulheres negras, gays, indígenas. O filme discute claro, questões de gênero, transfobia, racismo, homofobia, machismo, luta de classes, falta de moradia, violência. Todos eles se apresentam nas ruas do centro de São Paulo e convocam os transeuntes a darem suas vezes às suas angústias, medos, desejos, frustrações. Vez ou outra o grupo canta, ou dão depoimento fortes e contundente sobre as suas condições perante a sociedade.
O filme venceu os prêmios de Melhor filme e direção no Festival Vitória Cinevideo 2020, além de ter participado do MixBrasil e Olhar de Cinema. Um filme porrada , um grito de alerta diante de um mundo que caminha cada vez mais para o autoritarismo e conservadorismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário