"Seed money: the story of Chuck Holmes", de Michael Stabile (2015)
Importante documentário sobre a ascenção da pornografia gay nos anos 80 e 90, apresentando o momento de glória e a proliferação da indústria com o surgimento da Aids, período onde a comunidade gay ficou com medo e muitos deixaram de fazer sexo, preferindo assistir a filmes pornôs.
Chuck Holmes é considerado o Hugh Heffner (presidente da Playboy) do pornô gay. Durante quase trinta anos, ele lutou pelos direitos da cultura gay contra o FBI e a sociedade conservadora, trazendo para a comunidade gay filmes pornôs que as pessoas tivessem orgulho de assistir.
Chuck Holmes, nascido em Indiana, se mudou para San Francisco e lá ele fundou a Falcon Studios, empresa audiovisual de cronografia gay que revolucionou a indústria. Até o início dos anos 80, os pornôs gays eram mal filmados, mal iluminados, com modelos muitas vezes com o corpo sem higiene, pés sujos, filmes mal editados e com trilha sonora pavorosa. Chuck começou a produzir filmes de qualidade, como se fossem filmes para a tela grande do cinema, com ótima iluminação, filmagens em externas e lindos modelos com corpos definidos e com aparência de garotos masculinizados e viris. Entre eles, "The other side of Aspen" foi o maior sucesso de bilheteria vendendo milhares de cópias. Sua fortuna e amigos poderosos o ajudaram a colaborar nos anos 90 pelo movimento LGBT e direitos humanos, onde descobriu que seu dinheiro era mais bem-vindo do que sua presença, doando dinheiro para eventos, Ongs e movimentos a favor da comunidade.
O filme entrevista atores icônicos, como Jeff Stryker, diretores, como Chi Chi la Rue e celebridades, como John Waters, falando da importância de Holmes e dos filmes que a Falcon produziu, estabelecendo uma narrativa copiada por outras produtoras. A parte mais triste é quando fala sobre a Aids e as centenas de atores que faleceram. O filme faz um catálogo dos modelos mais famosos da Falcon. Holmes faleceu em 2000 de Aids.
PAra quem quer saber mais da indústria pornô gay americana, esse filme é obrigatório, além de apresentar historicamente o comportamento da comunidade gay nos anos 70 a 90.
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