Jinpa", de Pema Tseden (2018)
Curioso como o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza ao filme se torna uma incoerência para mim: é justamente o roteiro o que menos gostei nesse filme arte do cineasta tibetano Pema Tseden, também autor do roteiro.
O filme tem como pano de fundo o Kharma: ambientado na árida região do Tibete Kekexil, acompanhamos o caminhoneiro Jinpa ( o ator também se chama Jinpa) dirigindo em uma estrada deserta e ouvindo na rádio "Ó sole mio". Jinpa atropela uma ovelha e fica mal: precisa chegar a um mosteiro e pedir ao monge orar pela alma do animal. No caminho, ele dá carona a um homem misterioso, também chamado de Jinpa, que diz estar indo a uma cidade próxima para matar o homem que assassinou seu pai há 20 anos atrás.
O filme é uma junção de dois contos: "O matador", de Tsering Norbu, e "Atropelei uma ovelha", do próprio cineasta. O filme é instigante, bem filmado, bons atores, linda fotografia, locações cinematográficas. Mas tem um roteiro confuso, que caminha por várias direções e um desfecho totalmente em aberto.
A curiosidade é que foi produzida por Wong Kar Wai.
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