"Mangueira em dois tempos", de Ana Maria Magalhães (2021)
No ano de 1992, a cineasta Ana Maria Magalhaes lançou um curta documental rodado na Estacão primeira da Mangueira, zona norte do Rio de Janeiro. O filme focava nas crianças que faziam parte do projeto Mangueira do amanhã, coordenado por Alcione. Dali, saíram futuras passistas, bateristas, ritmistas. 20 anos depois, Ana Maria lança "Mangueira em dois tempos", trazendo os mesmos personagens e como estão as suas vidas nos dias de hoje.
É impossível não pensar em outro documentário, "Cidade de Deus-10 anos depois", de Cavi Borges e Luciano Vidigal, apresentando o futuro das crianças e adultos que fizeram parte do filme de Fernando Meirelles e Kathia Lund. Alguns, como Seu Jorge, brilharam, fazendo um correlato com o Mestre da bateria da Mangueira Wesley. Outros foram mortos ao entrar no tráfico, outras meninas se tornaram evangélicas muito por conta de tragédias familiares e ficaram mãe ainda adolescentes. outros se mudaram para outro país, no caso, China.
Além de belos e comoventes depoimentos, o filme é um retrato de um País sem assistência educacional e profissional, largando a criançada ao léu ou torcendo para surgirem mecenas que abracem as crianças e as ajudem a não irem para o lado do crime.
Um belo filme, com histórias divertidas contadas por Alcione, Ivo Meirelles, entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário