"Nomadland", de Chloé Zhao (2020)
Grande vencedor do Leão de ouro de melhor filme no Festival de Veneza em 2020, além de ter faturado mais de 40 prêmios em Festivais internacionais, "Nomadland" é dirigido e escrito pela cineasta sino-americana Chloé Zhao, adaptado do livro escrito por Jessica Bruder.
O livro e o filme formam um relato contundente de uma América que não deu certo. Uma América que Trump quer esconder debaixo do tapete: milhares de americanos sem teto que perderam tudo e que moram na estrada, em vans, em cabanas, e vagam de estado em estado, em busca de empregos temporários que os sustente por um período, sem carteira assinada, sme vínculo empregatício, sem plano de saúde.
Frances McDormand é Fern, uma viúva que é obrigada a sair da cidade pequena onde mora, no Oeste, após o fechamento da única fábrica da cidade. Dirigindo solitária a sua van, ela encontra outros "nômades" pelas estradas, formando assim, uma família de desajustados.
A cineasta Chloé Zhao já havia feito muito sucesso com a crítica com o seu ótimo filme anterior, "Domando o destino". Em ambos os filmes, ela demonstra enorme habilidade em mesclar ficção e documentário, usando atores profissionais com não-atores.
As grandes cenas de "Nomadland" acontecem quando Fern contracena com nômades reais, que narram suas tristes histórias Frances McDormand apresenta toda a sua destreza se colocando no mesmo lugar dos não atores, respeitando as suas verdades. O filme é longo e um pouco cansativo, pela repetição das situações. Mas é um poderoso libelo sobre milhões de sem tetos desassistidos pelos governos, que necessitam de lar e empregos.
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