"Let them all talk", de Steven Soderbergh (2020)
Drama escrito, dirigido, produzido e fotografado por Steven Soderbergh, faz parte dos projetos inimistas e experimentais que ele costuma realizar entre os seus grandes blockbusters. O elenco é composto pelas super Divas e atrizes Meryl Streep, Diane Wiest e Candice Bergen, todas trabalhando em uma proposta ousada de Soderbergh: durante 2 semanas, filmaram dentro do cruzeiro Queen Mary 2m que vai de Nova York até Southamp, no Reino Unido. Um filme realizado sem roteiro, todo improvisado pelas atrizes, o que justifica o titulo. O elenco também tem o premiado Lucas Hedges,, no papel de Tyler, sobrinho de Alice (Streep), roteirista renomada mas em crise de criatividade para escrever seu próximo livro. Sua agente, Gemma, sugere que ela faça um cruzeiro. Alice propõe então levar suas duas amigas, Susan (Wiest) e Roberta (Bergen), que ela não vê há trinta anos, além de seu sobrinho, que quer passar um tempo com uma geração alheia às redes sociais. Mas o reencontro irá abrir rusgas do passado, e revelar que as amigas tiveram uma vida de fracassos.
Um filme que alterna momentos de drama, humor e muita melancolia, em um desfecho bastante triste, ao mesmo tempo, com bela mensagem edificante sobre amizade e as cosias que valem a pena na vida. Mas apesar de todo o objetivo criativo do filme, Soderbergh entrega um filme enfadonho, sem ritmo, longo. O fato de não ter um roteiro causou um esticamento das cenas, em proposta naturalista, onde nem tudo o que é dito é de fato, interessante. Tivesse tirado meia hora, talvez o filme tivesse sido mais interessante. A premissa é boa, mas o resultado ficou cansativo. As atrizes estão excelentes, mas a história não prende.
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