"Orok tel", de Attila Szász (2018)
Devastador drama ambientado no final da 2a guerra mundial, "Inverno eterno" recebeu mais de 30 prêmios internacionais. O filme é baseado em uma história real: na Hungria, uma comunidade descendente de alemães, os suábios, foram levados à força por ordem de Stalin para os campos de comcentração na SIbéria. Essa foi uma vingança dos russos contra o que eles consideravam sangue alemão, mesmo os suábios não tendo nada a ver com os nazistas.
Irén (em atuação avassaladora de Marina Gera) é uma dessas mulheres. Ela é obrigada a deixar os pais e sua filha para trás e trabalhar em perigosas minas de carvão. Todos os presos passam fome, rio, se fugirem são mortos pelos soldados russos ou pelos lobos famintos, O tifo mata boa parte dos prisioneios, que não têm assistência. No meio de toda essa tragédia, Irén conhece outro preso, Rajmund. Ele ensina a ela para parar de sonhar ( o sonho é um passo para a loucura). Entre os dois, cresce uma afeição. A 2a guerra acaba, mas Stalin obriga os presos a continuarem ali trabalhando.
Que filme triste, e que desfecho arrebatador. O filme é daqueles que fazem o espectador repensar a crueldade do ser humano. Todo o tipo de maldade é praticado contra os prisioneiros, mas não chega a ser um drama sádico. É um filme que fala sobre resistência, força, luta, mesmo diante de tantas adversidades, e jamais perder a esperança.
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