sexta-feira, 27 de março de 2020

Viveiro

"Vivarium", de Lorcan Finnegan (2019) Queria passar por uma experiência de assistir esse filme ao lado de espectadores e ao término da sessão, olhar bem pra cara de todo mundo e juntos gritarmos: "Mas que pôrra foi essa?" Imaginem um episódio estendido de "Twilight zone" dirigido por Spike Jonze. Pois é isso que você vai assistir. Tem muito crítico comparando o filme a "O show de Truman", mas dramaturgicamente é bem diferente. "Vivarium"é uma co-produção Irlanda/Dinamarca e Bélgica, e foi exibido em diversos Festivais. No Festival de Cannes 2019, venceu um prêmio especial concedido na Mostra Semana da crítica. Gemma (Imogen Poots) e Tom (Jesse Eisenberg) formam um jovem casal que pensa em finalmente, morar juntos na mesma casa. Ao procurarem um corretor em uma imobiliária bem estranha (Sinistra, melhor dizer), eles o acompanham até um condomínio afastado da cidade. Chegando lá, o casal estranha que todas as casas são exatamente iguais. O corretor apresenta a casa de Nó 09, Enquanto Tom e Gemma revistam a casa, o corretor desaparece. Ao tentarem sair do condomínio, o casal percebe que é impossível, estão perdidos em um loop eterno. Os celulares não funciona,. Todos os dias pela manhã, misteriosamente aparece uma caixa de suprimentos. Essa rotina continua por dias, até que um dia, surge uma caixa contendo um bebê dentro, com a seguinte mensagem: "Cuidem do bebê e serão soltos". Fica fácil dizer que o filme é uma metáfora sobre relacionamentos, casamento e vida conjugal que entra na rotina, e que se deteriora com a chegada do filho. Mas a forma como o filme apresenta essas idéias é bem bizarra. Na verdade, preciso tirar o chapéu a todos os envolvidos na produção, pela coragem em realizar um projeto tão inquietante, e ao mesmo tempo, louco. O trecho final apresenta ótimos efeitos, e sim, e um filme muito provocador. Imagem Potts é uma excelente atriz pouco conhecida e aqui ela está muito bem.

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