sexta-feira, 6 de março de 2020

37 segundos

"37 sekanzu", de Hikari (2019) Vencedor de inúmeros prêmios em Festivais internacionais, incluindo Melhor filme da mostra Panorama em Berlin 2019, Melhor filme em Palm Spring e Melhor filme no Festival de Roma, "37 segundos" é um filme angustiante, daqueles de cortar o coração. A roteirista e cineasta japonesa Hikari conta um emocionante drama intimista de uma jovem artista, Yuma (Mei Kayama), portadora de paralisia cerebral e que se tornou cadeirante ao nascer, pois ela demorou a respirar durante o parto e isso provocou a sua paralisia. A atriz Mei Kayama é também portadora de paralisia cerebral, assim como sua personagem. Yuma mora com sua mãe super-protetora: mesmo sendo maior de idade, a mãe de Yuma a trata como se fosse criança. A prima de Yuma se apropria dos mangás desenhados por Yuma e os vende, fazendo grande sucesso. Explorada de todas as formas, Yuma decide por conta própria vender alguns de seus mangás para uma editora. Para sua surpresa, a editora pede que Yuma reforce o realismo das cenas de sexo. Ao indagar Yuma se ela já transou, e diante de sua negativa, a editora pede para que ela perca a virgindade para poder entender a sensação real. A partir da;i, Yuma se joga numa jornada sem freios para buscar um parceiro que a faça perder sua virgindade. Alternando momentos de grande angústia com outros que o qualificam como um "feel good movie", "37 segundos"tem uma linda fotografia e uma direção extraordinária de Hikari que impede que o filme se torne um melodrama. A performance da jovem Mei Kayama, com seu sorriso carismático e sua doice voz, conquista a todos. É impossível não se apaixonar e torcer pela trajetória dessa heroína incomum. A cena onde ela contrata um garoto de programa é antológica e um primor de direção. O Desfecho é surpreendente, rodado na Tailândia. O filme tem um tom de conto de fadas apaixonado pela sua protagonista.

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