quarta-feira, 18 de março de 2020

Gig- A Uberização do trabalho

"Gig- A Uberização do trabalho", Carlos Juliano Barros, Caue Angeli e Maurício Monteiro Filho (2019) Documentário que traz uma visão pessimista sobre a Gig Economy, também conhecida como “Freelance Economy“, que é o mercado de trabalho que compreende, de um lado, trabalhadores temporários e sem vínculo empregatício (freelancers, autônomos) e, de outro, empresas que contratam estes trabalhadores. Tudo isso gerado via aplicativos de celular. Aqui no Brasil, o termo foi abrasileirado para "Uberização". O aumento do desemprego nos últimos anos, levou muitos pessoas para o mercado de trabalho informal. No mundo inteiro, houve um boom de desempregados que se cadastraram em empresas como Uber, Rappi, Uber eats, IFood, serviços de entregas rápidas, passeadores de cachorro, free lancers de cabelo e maquiagem, além de garçons e professores. Existem aplicativos para todos os serviços. O documentário faz um alerta de que todos os funcionários não possuem vínculo empregatício, sem direito a qualquer tipo de beefícios e pior, todos estão para sempre cadastrados com pontuação e review, uma Big data de informações. O filme pega depoimento de motoristas de Uber, que temem, além da diminuição dos lucros, o medo com assaltos e até assassinatos; entregadores de comida e de serviços que precisam trabalhar cada vez vez mais para poder receber um dinheiro suado no final do mês, correndo risco de morrerem em acidentes de moto, e outros casos aterrorizantes. Além dos funcionários, o filme entrevista economistas e especialistas que definem que a Uberização traz consequências muito ruins para o empregado, que em casos de acidente ou perda do veículo, não ganham nada em troca, além de perderem o trabalho. Um alerta sobre os novos tempos, o filme assusta por fazer entender que o futuro empregado será aceito pelos reviews e pontuações, uma referência ao universo Black mirror que cada vez mais, vai se tornando realidade.

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