domingo, 29 de março de 2020
Max Rose
"Max Rose", de Daniel Noah (2013)
Em 2013, Cannes homenageou Jerry Lewis com uma retrospectiva de seus filmes. "Max Rose" sua experiência no drama, foi exibido com bastante sucesso no mesmo Festival. O que mais choca, é que a performance arrebatadora de Jerry Lewis não lhe trouxe indicações em nenhum Festival mundo afora, e o filme sequer foi lançado comercialmente mundo afora, um descaso amargurado como o seu personagem, um artista que por gerações, trouxe alegria e gargalhadas para uma platéia de fãs.
Max Rose é um pianista de jazz aposentado. Ele sofre com a perda de sua esposa, falecida recentemente, e com quem foi casado por 65 anos, Eva (Claire Bloom). Seu filho Chris (Kevin Pollack) e sua neta Annie ( Kerry Bishé) procuram atenuar o luto de Max, mas esse responde com amargura. Para piorar a situação, ao revirar um dos pertences de Eva, Max encontra uma dedicatória datada de 1959, uma declaração de amor de um outro homem. Isso deflagra em Max uma dúvida sobre o tempo que permaneceu casado com Eva, provavelmente, uma vida de mentira e infelicidade.
O filme em determinado momento me lembrou de “As pontes de Madison”, na cena onde a personagem de Meryl Streap precisa decidir entre o amor de 2 homens. “Max Rose” é um filme com performances brilhantes do elenco, incluindo Dean Stockwell no papel de Bem, suposto amante de Eva. É bem provável que os produtores não conseguiram vender o filme porque nenhum fã de Jerry Lewis iria querer vê-lo no papel de um idoso rabugento e mau humorado. É um filme triste, muito triste, daqueles de sair destruído emocionalmente no final. Mas também é um quase canto do cisne de um dos maiores artistas da história, e que aqui mostra a sua incrível versatilidade como ator dramático.
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