quarta-feira, 25 de março de 2020
O cântico dos nomes
"The song of names", de François Girard (2019)
Defintivamente, um filme sobre os efeitos do holocausto com Tim Roth e Clive Owen, não é para se perder. Os dois estão excelentes em seus papéis, dividindo com atores mais jovens que interpretam os papéis quando crianças e adolescentes. O filme é um épico que vai dos anos 40 até os anos 80, uma adaptação do livro escrito por Norman Lebrecht e dirigido pelo cineasta francês de "32 curtas metragens sobre Glenn Gould".
Em 1951, em Londres, vai acontecer um grande concerto com o jovem prodígio Dovdl, um adolescente que renegou a sua cultura judaica após a morte de seus pais na Polônia. Martin, seu irmão de criação e sua família aguardam ansiosos a chegada de Dovdl no teatro, com casa cheia. Mas Dovdl não aparece e nunca mais é visto 35 anos depois, Marton (Tim Roth) é um professor de musica no Conservatório em Londres. Após uma apresentação de jovens estudantes, um aluno lhe chama a atenção, por tocar do mesmo jeito que Dodvl. A partir daí, Martin, que se tornou obcecado em saber o paradeiro de Dovdl durante todos esses anos, resolve descobrir o paradeiro dele seguindo pistas que o levam até Nova York e Polônia. Não é segredo, pois o material de divulgação fala em clive Owen como Dovdl mais velho. O que interessa aqui na narrativa e para o espectador é: Por qual motivo Dovdl não compareceu ao seu concerto e ficou sumido por 36 anos?
A grosso modo falando, me lembrei de "infiltrados no Klan", de Spike Le,e pois é um filme que fala sobre o resgate de uma cultura por um personagem que perdeu a sua identidade cultural. Aqui, o resgate é em relação à cultura judaica. Quem gosta d eum bom melodrama ambientado na 2a Guerra, e se apaixonou por filmes que falam sobre amizade entre crianças judias e arianas, como em "Au revoir, les enfants"ou "O menino do pijama listrado", irá se emocionar bastante aqui.
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