quarta-feira, 4 de março de 2020

O homem invisível

"The invisible man", de Leigh Whannell (2020) Em 2004, foi lançado o cult "Jogos mortais". O filme, um clássico do cinema de terror, lançou 2 grandes nomes para o cinema blockbuster de Hollywood: o seu então jovem diretor, James Wan, que depois veio a se tornar um dos cineastas mais influentes nos gêneros terror e ação. e o seu ator protagonista. Leigh Whannell, que interpretou um dos 2 presos da cela de Jigsaw. Passados quase 16 anos, o nome de Leigh Whannell agora vem atrás das câmeras: como roteirista e diretor de "O homem invisível", que periga se tornar um outro cult do moderno cinema de terror. Leigh Whannell atualizou o livro de H G Wells e o transformou num drama sobre ciúme e obsessão, sobre relacionamento tóxico e abusivo contra as mulheres, Elisabeth Moss interpreta Cecilia, casada com Adrian, um famoso cientista. Cecilia não suporta mais a forma como seu marido a trata e foge, indo se esconder na casa do ex-marido de sua irmã Emily, o policial James. Mesmo longe do marido, Cecilia se sente ameaçada, até que vem a notícia: Adrian se suicidou. Mas Cecilia não acredita nessa versão e tenta provar que o marido está vivo e que quer ir atrás dela. Todos os que cercam Cecilia acreditam que ela está ficando louca e não acreditam nela. O filme trata de temas contemporâneos que fazem parte da pauta feminista: gaslighting, mansplanning. Personagens masculinos que desmerecem as mulheres, dizendo que estão ficando loucas ou vendo coisas que não existem. Para lidar com um personagem tão rico e complexo, era necessário uma atriz versátil e repleta de dramaticidade. Elisabeth Moss acerta em cheio. O seu olhar perplexo combina muito com a personagem de Cecilia. As cenas de ação são bem construídas, e em vários momentos, o filme trabalha muito bem com o silêncio e com o movimentos de câmera para construir a atmosfera de terror.

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