terça-feira, 3 de março de 2020

Norma Rae

"Norma Rae", de Martin Ritt (1976) Um dos mais importantes filmes americanos dos anos 70, ouso compará-lo ao primoroso filme brasileiro "Eles não usam Black tie", de Leon Hirzman. Guardadas as devidas proporções culturais e orçamentárias, ambos os filmes falam sobre a luta de famílias proletárias, exploradas ao máximo pelos empregadores e que decidem se unir ao Sindicato, sofrendo represálias. Baseada livremente na história de Crystal Lee Sutton, nascida no Alabama. Norma Rae (Sally Field) é uma mulher solteira de 31 anos. Ela tem 2 filhos pequenos, filhos de outros relacionamentos. Seus pais, já idosos, trabalham na mesma fábrica têxtil que Norma. A fábrica emprega boa parte da população. Quando a mãe de Norma passa mal no trabalho, Norma procura assistência médica, inexistente. Ao pedir ao empregador um descanso para a mãe, ele recusa. Norma flerta com um homem casado e é constantemente criticada pelo pai por se relacionar com homens errados. Norma parra então a namorar com Sonny (Beau Bridges), um funcionário da fábrica viúvo, pai de uma menina e 100% correto. Um dia, Reuben (Ron Leibman), um homem vindo de Nova York, surge na fábrica e deseja aplicar ali um sindicato. Os empregadores o enxotam, mas Reuben procura seduzir os empregados para se juntarem ao Sindicato e lutarem pelos seus direitos trabalhistas, explorados com excesso de horas de trabalho, salário baixo e sem assistência médica. Reuben encontra a resistência dos funcionários, com medo de perderem o emprego. Percebe também que a região é bastante racista e que os negros e brancos não se dão bem. Norma aos poucos se deixa levar pelos ideais revolucionários do Sindicato e de Reuben, mesmo que Sonny e seus pais sejam contra a participação dela no movimento. O filme é dirigido com extrema competência por Martin Ritt, que lhe dá um enfoque documental, com câmera na mão e muito naturalismo nas interpretações. O roteiro de Irving Ravetch e Harriet Frank Jr é um primor. Os diálogos são crus, impactantes. Muitas cenas são antológicas: quando Norma explica aos filhos a noite em que ela passou na prisão é de doer o coração. E claro, a famosa e icônica cena de Norma parando a fábrica e conseguindo a adesão dos funcionários. É uma maravilhosa cena de Direção e de edição de som: a fabrica, barulhenta, vai ficando silenciosa a cada máquina que vai parando. Esse é daqueles filmes que deveriam ser obrigatórios em escola de comunicação, e promover discussão com os alunos. Sally Field foi uma escolha mais do que acertada: no mesmo ano, ela arrebatou todos os principais prêmios de melhor atriz: levou a Palma de Ouro, o Oscar, Globo de Ouro. Até então, ninguém lhe dava valor como atriz séria, só tendo feito trabalhos cômicos e doces, como a série "A noviça voadora". Goi graças ao filme que sua carreira deu uma guinada extraordinária, tendo ganho seu 2o Oscar em 1984, com "Uma voz no coração". Li numa nota que Burt Reynolds, com quem ela era casada, foi contra ela ter feito o filme. Após o filme, ela se separou dele.

Um comentário:

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