sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Vox Lux

"Vox Lux", de Brady Corbet (2018) Concorrendo no Festival de Veneza em 2018, "Vox Lux" é uma espécie de "Nasce uma estrela" em versão pesadelo: violento, sombrio, gótico. Um filme que tem como tema o Mal existente no ser humano, por mais que ele não transpareça, em algum momento, vem à tona. Afinal, qual o preço pago pela Fama? Brady Corbet é Ator, e talvez seu papel mais famoso tenha sido na refilmagem de "Funny games", cult de Michael Haneke. Sua estréia no Cinema se deu com o inquietante filme "A infância de um líder", ousada fantasia que faz uma analogia da origem do mal, através de uma criança que poderia ser uma versão mirim de Hitler. Para quem assistiu a esse filme, irá encontrar muita semelhança com "Vox Luz", tanto no cuidado com o visual, quanto na fotografia, enquadramentos e uma narrativa autoral. O filme começa em 1999, na virada do milênio. Em uma sala de aula, acontece uma grande tragédia. Celeste (Raffey Cassidy), aos 14 anos, sobrevivente, compõe uma música junto de sua irmã, Ellie, para as vítimas e logo ela se torna uma grande Estrela, quando canta ao vivo para a imprensa. Os anos se passam, e aos 31 anos, já na pele de Nathalie Portman, Celeste se tornou uma grande Diva Pop, e como tal, cheia de estrelismos e ataques ao seu staff. O filme acompanha a sua rotina com fãs, seu agente (Jude Law), sua filha e sua irmã, às vésperas de um grande show. Nathalie Portman está exuberante e impressiona com a sua performance matadora. Toda a sequência final, no show, é de cair o queixo. A direção de Brady Corbet é bastante criativa, começando pelos créditos iniciais. Abusando de uma linguagem bastante estilizada, Corbet mescla drama, thrilller, musical e grandes performances de um elenco intenso. As músicas foram compostas pela cantora Sia, e a coreografia, pelo marido de Nathalie Portman.

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