quarta-feira, 14 de novembro de 2018

22 de Julho

"22 July", de Paul Greengrass (2018) O Cinema muitas vezes traz coincidências temáticas em curto espaço de tempo na programação, e um dos projetos acaba sendo prejudicado. Em 22 de julho de 2011, em Oslo, Noruega, aconteceram 2 atentados terroristas que matou mais de 80 pessoas: o primeiro atentado aconteceu na cidade de Oslo, em um prédio do Governo, onde morreram 8 pessoas por conta da explosão de uma van estacionada na frente do prédio. Duas horas depois, na Ilha de Utaya, aonde estava acontecendo uma Festa de jovens filiados do Partido dos trabalhadores, outros 77 adolescentes foram assassinados à tiros. O que escandalizou a todos, é que os 2 atentados foram orquestrados e executados por uma única pessoa: Anders Behring Breivik, assumidamente anti-marxista, racista e que odiava a política migratória do Governo. Pois essa história acabou produzindo 2 filmes, no mesmo ano: o norueguês "22 de Julho- Utoya", de Erik Poppe; e "22 de julho", de Paul Greengrass, famoso pela franquia "Jason Bourne" e também por recriar fatos históricos de eventos trágicos, como "Capitão Philiphs", "Domingo sangrento", "Vôo United 93". Comparando os 2 filmes, prefiro mil vezes o de Erik Poppe: é mais Cinema e bastante ousado, por conta do plano sequência retratando os assassinatos na Ilha, em um clima intenso de tensão e desespero, fazendo com que o espectador se sinta no meio do tiroteio. Aonde o filme de Greengrass, que concorreu em Veneza, sai perdendo: - Sua extensa duração ( 150 minutos) - Ser todo falado em inglês!! Mesmo o filme sendo todo rodado em Oslo e com atores locais!!!!! - E pior, a enorme xaropada que vira o filme após o atentado. Todo o atentado dura meia hora. Depois, o filme se divide em 3 frentes: - A recuperação de uma das vítimas, um adolescente - A crise consciência do advogado de defesa de Anders Behring Breivik, - A crise do Governo, quando o Primeiro Ministro foi acusado de negligência no caso do atentado na Ilha de Utoya, após revelação de que o ato poderia ter sido evitado É muito difícil assistir o filme até o final. É cansativo, arrastado, e tudo muito chato. E ainda ter que ouvir o assassino no final dizendo: "Eu faria tudo de novo, se pudesse. Nós somos muitos".

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