quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Não me toque

"Touch Me No", de Adina Pintilie (2018) Escrito e dirigido pela Cineasta romena Adina Pintilie, "Não me toque" foi o grande Vencedor do Festival de Berlin 2018, ganhando o Urso de ouro de melhor filme. A premiação foi coberta de polêmicas, por conta das muitas vaias e críticas negativas que o filme recebeu, Adina Pintilie praticamente desenvolveu um Filme terapêutico, uma sessão de terapia cinematográfica, exposta para toda uma platéia. Através de 3 personagens, o espectador presencia a intimidade exposta em toda usas suas nuance,s nua a crua. O filme lembra bastante o cinema austríaco de Ulrich Seidl, que chocou meio mundo com a sua trilogia do amor, e tantos outros filmes onde expõe o ser humano na pior de suas facetas: sordidez, fetiches, sexo doentio, relações apáticas e muito sofrimento movido à violência e desespero. Logo de início, acompanhamos Laura, uma das analisandas, recebendo um garoto de programa. Laura tem um sério problema: ela não consegue ser tocada. O rapaz toma banho, se masturba, tudo sob o olhar curioso de Laura, que também recebe um transexual, frequenta sessões de sadomasoquismo e tenta de alguma forma encontrar uma saída para a sua questão anti-social. Tomas tem uma doença que fez com que seu corpo não tenha nenhum pelo. Ele faz sessão de terapia com Cristian, um homem que possui uma distrofia muscular na espinha e por isso, tem o corpo totalmente deformado. Tomas faz exercícios de em dupla com Cristian, mas não consegue esconder a sua aversão ao corpo do colega. Po sua vez, Cristian frequenta uma orgia, e faz sexo com sua namorada em frente das câmera.s Durante mais de 2 horas, a câmera de Adina faz o papel do terapeuta: é um filme frio, com um enorme distanciamento emotivo. A própria cineasta Adina participa, conversando com Laura e dando uma de analista. Difícil rotular o filme: é um documentário? é uma ficção? Achei o filme curioso, mas talvez o prêmio de melhor filme em Berlin tenha sido dado mais pela sua ousadia e vontade de chocar, do que pelas suas qualidades em si. Após uma hora de projeção, tudo sôa repetitivo. Como sessão de terapia, é um saco. Talvez melhor seja assistir a um filme de Bergman.

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