sábado, 3 de novembro de 2018

O peso de um passado

"Destroyer", de Karin Kusama (2018) Americana de origem asiática, a Cineasta Karin Kusama é uma adepta do cinema de gênero. Ela dirigiu o filme de ação futurista com Charlize Theron "Æon Flux", depois o terror "O convite" e agora, o thriller "O peso de um passado", que concorreu no Festival de Londres e em Toronto. Para a platéia, o filme será lembrado como o filme que desconstruiu a atriz Nicole Kidman: aqui, ela está com a pele seca, olhos fundos e com olheiras, aparência literalmente destruída, como o título sugere. Por conta de uma ação policial que não saiu como deveria, a detetive Erin Bell se torna uma mulher depressiva, se afastando da família e de amigos. Apenas a rotina na polícia se mantém, mas de forma apática. Um dia, Erin é chamada para um registro policial, onde um morto aparece. A partir daí, o filme se desconstrói, e mais não dá para falar, para não estragar o desfecho arrebatador e o plot twist de fazer gritar no cinema. Muita gente reclamou da maquiagem de Nicole: falaram da maquiagem mal feita, da peruca fake. Mas é inegável a entrega da atriz para o personagem. Nicole, curiosamente, protagoniza a segunda cena de masturbação em um filme: em "O Segredo do cervo sagrado", ela também masturba um homem em troca de informações. Trilha sonora angustiante e algumas cenas antológicas, como a do assalto ao banco.

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