domingo, 25 de novembro de 2018

Noite de lobos

"Hold the dark", de Jeremy Saulnier (2018) Adaptação do livro homônimo de Willian Giraldi, "Noite de lobos" é dirigido pelo mesmo realizador de "Ruína azul"e "Sala verde", dois filmes cults que possuem muito em comum com "Noite de lobos": violência extrema, vingança e psicopatia. Jeremy Saulnier adora criar uma atmosfera sombria e de pesadelo para ambientar os seus filmes. Em "Noite de lobos", ele fala de matricídio, incesto, incomunicabilidade entre parentes e repressão sexual. Tudo isso misturado a uma salada de gêneros que torna o filme algo inclassificável: é ação? Guerra?Suspense? Terror? Policial? Drama? O filme tem tudo isso, e ainda tem um desfecho bastante confuso, deixando o espectador entender o que bem quiser. É um filme complexo na sua narrativa e história, e provavelmente, deixará muita gente puta pelo final em aberto. Afinal, o que o filme quer falar? Eu penso que a mensagem do filme é a relação pais e filhos, e através de seus personagens, entender como a falta de comunicação entre algumas famílias pode terminar em tragédias, ao passo que outras encontram redenção. Russel (Jeffrey Wright) é um escritor de um livro sobre lobos, e há tempos não se comunica com sua filha. Ele é contratado por uma mulher, Medora, para descobrir o paradeiro do lobo que levou sue filho pequeno e que provavelmente o matou. Russel segue até a cidade de Keelut, no Alaska. Paralelo, acompanhamos Vernon (Alexander Skarsgård), um soldado americano lutando no Iraque. Ao ser ferido em ação, ele volta para Keelut, e descobrimos que ele é marido de Medora. Todas as histórias se entrecruzam, seguindo um rumo de violência sem fim. O diretor Jeremy Salnier quiz contar muitos sub-plots e o filme se esvazia e fica muito, muito longo. O roteiro é confuso, e chega a ser bizarro, pois tudo vai ficado quase surreal e eu mesmo fiquei meio perdido, tentando entender que história estava sendo apresentada. O que vale a pena no filme, são os atores e uma cena longa e bastante violenta de tiroteio, que mesmo que não faça muito sentido dentro da trama, é muito bem feita e lembra a cena do tiroteio em "Nascido para matar", com o atirador escondido e inatingível.

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