sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Rogue one- Uma história Star Wars

"Rogue one", de Gareth Edwards (2016) Como bem descrito pelo meu amigo crítico Rodrigo Fonseca, "Rogue one" tem a estrutura dramática de " Os canhões de Navarone", clássico de guerra de J L Thompson. Um grupo de mercenários com causa são recrutados por rebeldes para dar fim aos planos malignos do Império na construção da Estrela da morte. Todos ja conhecem a sinopse então vou me ater apenas aos comentários. "Rogue one" é o filme mais politicamente correto de toda a saga: no elenco, temos atores latinos, orientais, negros, europeus e americanos que se unem para combater o Mal. Isso sem falar em géneros: homens e mulheres dividindo o mesmo espaço de protagonismo. O diretor é o inglês Gareth Edwards, catapultado por Hollywood após o sucesso do cult " Monstros" e autor da refilmagem de "GodZilla". Quando no ano passado saiu na mídia que os chefões da Disney mandaram reformar parte do longa, todos temeram a qualidade. Mas toda a suspeita não se confirmou e após o final da sessão a emoção toma conta de toda a plateia que cresceu com a saga. A cena que fecha o filme é brilhante, mostrando um link perfeito para o próximo filme, que vem a ser o episódio 4 , o original de " Star Wars". Não dá para falar nada porque é spoiler, assim como vários outros personagens que surge . Mas choca saber o quanto que a computação gráfica pode ressuscitar atores que já morreram. O filme é sim o mais sombrio de todos, e a comoção e' total, num plot que lembra também " Os sete samurais". Tudo no filme traz nostalgia, pois os produtores tiveram a sagacidade de não mexer no imaginário dos fãs e respeitar cada elemento, desde os alienígenas quanto os robôs gigantes ( que não sei como chamam), assim como as naves de combate de ambos os lados. Mesmo sendo um spin off, tem elementos que se conectam perfeito aos filmes da franquia, mesmo que não haja interação direta entre os personagens chaves. O mais curioso, como pensamento pessoal, é testemunhar que atores do calibre de Mads Mikkelsen, Diego Luna, Felicity Jones, Forest Whitaker, Ben Mendelsen, mesmo tendo no currículo filmes autorais e premiados em ffestivais de cinema de autor, não se constrangeram de trabalhar em um filme que é o supra sumo do entretenimento. Um Viva para essa união sadia entre o Cinema comercial e o Cinema de arte. Assim que deve ser a sétima arte.

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