domingo, 24 de janeiro de 2016

Rock the Kasbah

Rock the Kasbah", de Barry Levinson (2015) Um dos maiores fracassos de crítica e de público dos últimos anos, "Rock the Kasbah" tem três culpados: o cineasta Barry Levinson, que errou totalmente de tom as cenas do filme, não sabendo dosar o drama e a comédia; o roteirista Mitch Glazer, que deveria ter assistido a "Ishtar", famoso desastre cinematográfico dos anos 80, e aprender que certos temas Jamais deveriam virar comédia pela natureza da situação ( fazer humor com a tragédia diária no Afeganistão realmente é falta de bom senso) e por ultimo, o ator Bill Murray. Nos últimos anos e principalmente por conta de " Encontros e desencontros", Murray tornou-se cult. Talvez por excesso de confiança em seu talento e a sua persona de comediante mau humorado, Murray atuou de uma forma tão antipática e sem carisma que destrói qualquer possibilidade do espectador se sensibilizar pelo personagem. Um exemplo de falta de bom senso? Em uma cena chave, uma batalha entre dois grupos rivais no deserto com tiros de verdade e pessoas morrendo e sangrando. Sério, numa comédia agridoce? O filme conta a história de Richie Lazer (Murray), um agente de cantores outrora famoso e agora decadente. Ele segue um conselho de um soldado babado e leva sua única cliente e secretaria Ronnie ( Zoey Duschamel) para cantar em um bar no Afeganistão. Chegando lá, ela pira com a violência do lugar e foge levando o dinheiro e passaporte de Richie. Desesperado, ele aceita levar um carregamento de armas para uma cidade no deserto, mas é interceptado por um grupo que mora no deserto. Convidado para passar a noite no acampamento deles, ele descobre a existência de Salima, a filha do Chefe da facção. Ela ama cantar em inglês e Richie vê nela a oportunidade de se lançar de novo como manager. Ele que inscreve-la no American Ídol Afegão, mas descobre que mulheres não podem cantar nem dançar em publico vestindo a roupa tradicional, muito menos em inglês. Logo ela é ameaçada de morte, apesar do sucesso no programa. O filme, fictício, faz uma homenagem a Setara Hussainzada, que foi a mulher que teve a coragem de se apresentar no programa, contrariando as leis locais que subjugam a mulher. O filme tecnicamente é bem feito, com boa fotografia e locações rodadas em Marrocos. Mas ele não acontece nem nunca decola. Fica aquela sensação de que as piadas não funcionaram, e que todos estão ali meio que cumprindo missão. O elenco tem a presença de Bruce Willis e Kate Hudson, em personagens bizarros. Ele de mercenário, ela de prostituta. É o caso de filme de boas intenções ( trazer à tona a opressão feminina em um País do Oriente) mas com resultado duvidoso. Nota:5

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