quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Rastros de ódio

"The searchers", de John Ford (1957) Definitivamente, esse é um dos mais belos filmes da história do cinema. Chamá-lo de Faroeste é querer reduzir a dimensão da grandeza desse filme, que é um drama, uma comédia e um filme de açao. Os temas? A aceitação, a redenção e o perdão. Somente o plano de abertura e o de encerramento do filme já seriam suficientes para colocar o filme no pedestal das grandes obras-primas do cinema: como um narrador, John Ford abre e fecha a porta, saindo e entrando no escuro, como se dissesse ao espectador: vou contar uma história a vocês. Ethan ( John Wayne) é um oficial que volta da Guerra da Secessão e retorna ao seu lar que na verdade é a casa do seu irmão, casado com Martha e pais de 3 filhos. Quando Ethan sai para verificar um roubo de gado, uma trino de índios comanches aproveitam para dizimar a família, sequestrando as 2 sonrinhas. A parti dái, Ethan deseja vingança e também, resgatar as 2 sobrinhas, temendo que elas fiquem aculturadas pela tribo indígena. A fotografia exuberante de Winton C. Hoch transformam as locações montanhosas e desertas do Arizona e de Utah em paisagens lúdicas, um lugar aonde a natureza supera a dimensão do ser humano, que foca pequeno mediante a grandeza do lugar. Todos os personagens são trabalhados de forma sensacional, e o roteiro busca a individualidade de cada um, além de conflitos: as histórias paralelas, principalmente do sobrinho mestiço Martin (Jeffrey Hunter) com a jovem Laurie ( Vera Miles), confere um lado cômico que ajuda a segurar a barra do forte teor dramático da história do personagem de John Wayne. A trilha sonora de Max Steiner também coopera na grandiosidade do filme: era uma época aonde a trilha sonora tinha que ter uma característica épica para ficar coerente com os enormes planos gerais do filme. Nota: 9

Um comentário:

  1. Hsu, você encontra esses filmes para assistir assim como todos nós mortais?

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