quinta-feira, 21 de maio de 2015
Poltergeist, o fenômeno
"Poltergeist", de Gil Kenan (2015)
É com imenso pesar que preciso comunicar que esse remake do clássico de Tobe Hooper/Steven Spielberg, que assustou milhões de espectadores em 1982, é uma grande frustraçao.
O principal problema? A falta de sutileza, que foi um elemento essencial no original. Aqui, desde a primeira cena, a gente já sabe que algo vai acontecer. E tudo acontece muito rapido. E quando você menos perceber, o filme já acabou. Isso mesmo. Como num videogame. A primeira imagem que temos do filme é do pequeno Griffin jogando em um game no seu Ipad, recheado de zumbis. E parece que o filme inteiro faz parte desse jogo.
Outro item que descaratreizou totalmente o filme: aqui se exagera no humor, na canastrice, no pastelão. Tudo por conta da equipe de paranormais, comandados pela Dra Bruke Poweel ( em uma atuação over de Jane Adams) e do charlatão paranormal de um programa de televisão, Carrigan Burke ( uma cópia descarada do personagem de Roddy Macdowell em "A hora do espanto").
A família? Bom, tenho que dizer que o excelente ator Sam Rockwell está totalmente no automático, e que o restante da família não tem carisma algum. Inclusive a pequena Maddy , uma tentativa de copiar totalmente a atriz do original ( meu Deus, porquê mudaram o nome da personagem? Carol Anne era um nome absurdamente mais icônico).
A história é a mesma, porém com alguns elementos a mais: dessa vez o patriarca se muda para uma comunidade do subúrbio mais pobre por conta do desemprego. reflexo dos novos tempos> Fim do sonho americano de consumo? Não, porquê mesmo fudido e sem grana, ele continua gastando ( nem entendi como ele conseguiu comprar coisas em determinada cena).
A casa fica no entanto, em cima de um cemitério indígena. e claro, os espíritos querem algo em troca.
Os efeitos especiais, que poderiam ter salvo o filme, parecem ter sido feitos a toque de caixa: fracos. Aquelas cenas clássicas do original não existem mais aqui.
Sam Raimi, um dos produtores, pisou feio na bola. O erro foi ter convidado o cineasta Gil Kenar, que realizou o desenho "A casa monstro", para dirigir esse filme. Ele precisava ter sido avisado que aqui não é um filme para crianças, e poderia ter caprichado no macabro e na violência. O filme é inofensívo, feito para crianças.
Fiquei triste, tenho que confessar.
Nota: 3
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