sábado, 30 de maio de 2015

A grande vitória

"A grande vitória", de Stefano Capuzzi Lapietra (2014) Produzido pela O2 filmes, o filmeé o longa de estréia do Cineasta Stefano Capuzzi Lapietra, que também escreveu o roteiro, baseado no livro "Aprendiz de Samurai", de Max Trombini. Como Cinéfilo eclético, não tenho nenhum tipo de objeção a filmes populares. Inclusive faço coro de que deve-se produzir filmes para todos os tipos de platéia, e não apenas filmes para serem vistos em Festivais e depois desaparecerem no circuito comercial. Nesse caso, "A grande vitória" tem como objetivo ser visto por apreciadores de esporte, no caso, judô, pessoas que buscam inspiração motivacional através de histórias de superação e fãs de melodramas. Para os que não se enquadram nesse perfil, o filme provavelmente não fará efeito, muito menos terá interesse. Max Trombini hoje em dia é um instrutor de judô e faz palestras motivacionais sobre como usar o esporte como exemplo para superar obstáculos na vida. Já vimos muitos filmes assim ( "À procura da felicidade, com Will Smith, é um exemplo). Em termos de roteiro, o filme não tem nada de original: essa história, já vimos muitas vezes no Cinema. Não há surpresas nem reviravoltas mirabolantes. É um filme previsível, mas acredito ter sido essa a intenção dos produtores. Felipe Falanga e Caio Castro interpretam Max criança e jovem respectivamente. Ambos seguram a onda do personagem, complexo por conta de sua instabilidade emocional. Abandonado pelo pai (Domingos Montagner) , Max se vira como pode na cidade de Ubatuba, ao lado de sua mãe ( Suzana Pires) , que trabalha como faxineira, e seus avós ( Moacyr Franco e Tuna Dwek​). Ajudado pelo instrutor Josino ( Tato Gabus Mendes), Max encontra no esporte a válvula de escape para exorcisar seus fantasmas, e passa a almejar o sonho de participar das Olimpíadas. Aonde reside o potencial do filme? Em 2 pontos: no elenco eclético e competente, que confere dignidade a um filme que poderia ter errado totalmente de tom ( Sabrina Sato e Ratinho, pasmem, são os elementos estranhos ao filme). E na parte técnica ( Fotografia excelente de Toni Gorbi​, Direção de Arte de Tulé Peak e a trilha sonora. ) O diretor teve cuidado com o apuro visual do filme, se fazendo valer de steadicam, grua e outros aparatos que conferem dinâmica ao filme. Mas a busca incessante em se espelhar em produções famosas, como "Rocky, um lutador", tira o brilho e a originalidade ao narrar uma história que tem nos personagens, a sua maior força.

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