sábado, 23 de maio de 2015

Attenberg

"Attenberg", de Athina Rachel Tsangari (2011) A Cineasta e Atriz Athina Rachel Tsangari é um dos nomes mais influentes do Novo Cinema grego. Em 2011, ela dirigiu "Attenberg", que lhe abriu as portas para o mundo. Exibido no Festival de Veneza 2011, ele saiu com o prêmio de melhor atriz para Ariane Labed, como a protagonista Marina. Athina Rachel Tsangari inclusive é uma das produtoras da última parte da trilogia de Richard Linklater, "Antes da meia noite", filmado na Grécia. Ela ainda interpreta um papel no filme. "Attenberg" tem esse nome por conta da contração do nome do documentarista inglês David Attenmburough, especializado em reportagens sobre animais selvagens e o convívio com o ser humano. Marina não consegue falar o nome do inglês e o chama de 'Attenberg". O filme narra a história da amizade entre Marina e sua amiga Bella. Marina é frígida, nunca teve relações sexuais e mais, precisa cuidar de seu pai, que sofre de câncer. Bella é extrovertida, pegadora e vive se envolvendo com homens. Bella ensina Marina a beijar e a flertar com homens, mas Marina insiste que tem nojo de sexo. Até que conhece um engenheiro ( interpretado pelo cineasta grego Yorgos Lanthimos, diretor de "Dentes caninos", outro filme expoente da nova geração, com quem passa a ater relações sexuais. Como os outros famosos filmes gregos, o filme possui uma métrica muito formal para narrar a sua história. Planos longos, quase todos fixos, e tendo os temas morte, sexo e violência como elementos essenciais para se contar a vida das personagens e a atual situação da Grécia. A metáfora da descoberta da doença terminal do pai, é uma alusão ao País que morre a cada dia que passa, estagnado diante de um futuro sem luz, sem possibilidades de melhora para toda a população, que sofre com o desemprego e falta de dinheiro. O Sexo a ser descoberto, mesmo que mostrado de forma extremamente fria, pode ser uma linha muito tênue de esperança para a personagem. Ela vive de bico como motorista particular, não se relaciona com ninguém, é fria, insegura e porquê não, depressiva. O filme é desconexo e não segue uma linha narrativa padrão. Ele é costurado por cenas bizarras onde as amigas dançam e fazem coreografias estranhas, muitas vezes imitando os animais, pelas ruas da cidade. A fotografia tem um tom de desesperança, de frieza que potencializa a tristeza de um país lindo, mas sem brilho. O futuro? NInguém sabe o que acontecerá. Um filme hermétco, restrito para cinéfilos. Ritmo lento e atuações anti-naturalistas. Nota: 7

Nenhum comentário:

Postar um comentário