domingo, 10 de maio de 2015
A própria vida: Roger Ebert
"A própria vida: Roger Ebert", de Steve James (2014)
Documentário dirigido por Steve James, do premiado "Hoop dreams", traça o legado e a importância do crítico de cinema Roger Ebert para a Indústria do Cinema. Os produtores passaram a ficar mais cautelosos após as suas críticas, sempre preocupados em agradá-lo.
Ebert surgiu no Jornal "Chicago Sun Times e ali permaneceu de 1967 a 2013, sendo que nos últimos anos de sua vida ele escrevia em seu blog.
Ele foi o único crítico de cinema a receber uma estrela na Calçada da Fama, além de receber o Prêmio Pulitzer pelas suas críticas.
Escrevendo sempre com muita sofisticação e com uma verve de quem entende do assunto, ele ao mesmo tempo seduzia e assustava produtores, cineastas e atores de cinema no mundo inteiro, ganhando a simpatia ou desprezo deles.
Junto do seu amigo Gene Siskel, crítico do "Chicago tribune", eles apresentavam um programa de tv com críticas de cinema, onde eles davam status ou simplesmente destruíam a carreira de um filme. Ciúme, rivalidade e outros conflitos fizeram que a dupla tivesse muitas rusgas durante a sobrevida do programa. Quando eles discordavam de algum filme, eles quebravam o maior pau. No filme, tem uma cena hilária onde Ebert fala mal de "Nascidos para matar", de Kubrick, e elogia o filme com o cachorro 'Benji", recebendo o título de louco por seu amigo Siskel, que pensava justamente o contrário. Ambos também foram responsáveis por lançarem filmes obscuros e fazerem a mídia olhar para vários cineastas independentes que jamais seriam mencionados caso eles não tivessem citado seus nomes.
Ebert tinham uma predileção especial pelo Festival de Cannes, e dali ele apresentava uma edição especial do programa, sozinho.
No filme, vários produtores e cineastas como Scorsese elogiam a importância dele para as suas carreiras. Inclusive Scorsese declara que Ebert foi fundamental para reerguer a sua carreira nos anos 80, afundada em depressão e cocaína.
O filme também mostra a luta de Ebert contra o câncer, que acabou vencendo-o. Ele chegou a perder a fala e se comunicar através de um computador, que nem o Stephen Hawkings.
Um filme fundamental para cinéfilos, mas que pega pesado no melodrama e na exposição da doença de Ebert.
Nota: 7
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