sábado, 1 de janeiro de 2011

Kaboom


" Kaboom" , de Gregg Araki (2010)

É muito difícil comentar sobre um filme como " Kaboom".
Exibido no Festival de Cannes na competição oficial em 2010, o filme ganhou muitos detratores. Gregg Araki é um cineasta que acho interessante, e considero o seu " Mistérios da carne" uma pequena obra-prima dos anos 2000. Seus temas invariavelmente giram em torno de sexo adolescente, perversões, alienígenas, conflitos familiares, vida mundana.
Aqui em " Kaboom", não é diferente. A história, até onde deu para entender, é sobre Smith, um jovem de 18 anos que sai de casa e vai morar na faculdade. Ele divide o quarto com um jovem surfista, com quem ele nutre um incrível tesão, e responsável por muitos sonhos eróticos. Smith é bi, e mantém relações com homens e mulheres. Sua melhor amiga, Stella, está tendo um caso com uma outra aluna, envolvida com bruxarias e seitas malignas. Smith tem tido pesadelos recorrentes, que remetem a um mundo futurista, e ele não sabe o que pode significar.
Em seu caminho, surgem tipos estranhos e bizarros: um homem que prevê o fim do mundo, uma aluna que Smith acredita ter sido assassinada por um grupo fanático, e pior, acredita que alienígenas estão por invadir a terra.
O filme pode ser dividido em 2 partes: a primeira, lógica, mostra uma comédia adolescente sobre descobertas sexuais. A segunda parte, totalmente sem pé nem cabeça, é uma junção de filme de terror, ficção científica e comédia involuntária. As resoluções que vão surgindo na narrativa é de pirar qualquer cinéfilo bem intencionado. Parece que deram o roteiro para alguma criança viciada em games escrever, ou deram ácidos dos mais violentos para os roteiristas. É uma piração total, que envolve fim do mundo, grupo anti-alienígenas, e uma seita que quer destruir o mundo. E isso inclui até o pai do protagonista da história.
No meio do filme, comecei a não gostar de nada. Acho que faltou eu ficar doido, como os personagens e os roteiristas, talvez eu entrasse na onda. Mas sóbrio, fica praticamente impossível de acompanhar. Uma das experiências mais bizarras que já tive em cinema, só encontrando paralelo recentemente com " Glória de um cineasta", de Takeshi Kitano, outra bizarrice.
Ponto positivo para o elenco, que aceitou embarcar nessa maluquice toda, acreditando em seus personagens e em seus desdobramentos.

Nota: 5

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