"The forever purge", de Everardo Gout (2021)
Com personagens criados por James deMonaco, "Uma noite do crime" é uma franquia que segue o caminho de outra série de sucesso: "Jogos mortais". Ambos começaram com um filme muito bom, mas a fome dos produtores produziu filmes repetitivos e que só existem para saciar o sadismo de espectadores afoitos por gore e muita violência. No filme de 2016, a última eleição", o governo da extrema direita era derrotado e a noite do Purge deixou de existir. Mas como filme que dá dinheiro sempre rende mais um, foi lançado "A fronteira", que dessa vez, faz uma crítica ao governo conservador e elitista de Trump, e a sua repulsa aos imigrantes. O governo de extrema direita volta ao poder e trazem o purge de volta. Dessa vez o alvo são imigrantes, principalmente os latinos. Um casal mexicano, Adela (Ana de la Reguera) e Juan (Tenoch Huerta) trabalham para uma fazenda cujos donos são a família liderada por Caleb (Will Patton) e seu filho conservador Dylan (Josh Lucas), e suas esposas. Com a noite do purge, todos conseguem escapar. Mas para surpresa de todos, um grupo de ultra direita e nazista decide que o Purge não acabou e que será eterno, e começam a caçar latinos e simpatizantes. O grupo foge da fazenda e deseja fugir pela fronteira de volta ao México, enquanto são perseguidos.
Ironia do destino que americanos e mexicanos imigrantes fugidos de seu país tenham que se refugiar no México, fugindo dos Estados Unidos em chamas. O filme é a pancadaria de sempre, com tiros e machadadas vinda de todos os lados.O filme original, com Ethan Hawke, era assustador, pois era uma invasão domiciliar, trazendo requintes de narrativa de terror dentro da claustrofobia. Aqui, tudo ficou grandioso, espetaculoso, e perdeu-se aquela tensão. O que salva são os atores, bem acima da média.
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