"Lorelei", de Sabrina Doyle (2020)
Ter os mesmos produtores de "Projeto Florida" explica esse drama ser tão melancólico, sobre uma América de americanos losers e falidos moralmente e economicamente. escrito e dirigido pela cineasta Sabrina Doyle, em seu filme de estréia, o filme venceu diversos prêmios internacionais e concorreu nos prestigiados Deauville, Tribeca, Miami, Mostra de são Paulo, entre outros.
Jena Malone, soberba, é Dolores, mãe solteira de 3 filhos, cada um de um pai diferente. Ela trabalha como camareira em um hotel. Ela reencontra Wayland (Pablo Schreider), um ex-namorado de colégio, que ficou 15 anos preso por assalto. Os dois passam a morar juntos, e Wayland tendo que conviver com a criança não binária Denim, a pré-adolescente Periwinkle e o adolescente rebelde Dodger. Wayland e Dolores descobrem que já não se conectam como antes, e para piorar, a antiga gang de Wayland tenta seduzi-lo para novo trabalho sujo.
O filme traz em tons bastante tristes o tema de um padrasto que precisa lidar com suas diferenças com os filhos da atual namorada. Dolores sonha em viajar para a Florida e trabalhar como sereia em um bar, mas em Oregon, Portland, onde moram, ela encontra pouca chance de dar um salto na vida. O filme é longo, tem ritmo bastante longo. O que de verdade segura a atenção do espectador é o trabalho do elenco: além de Malone, maravilhosa, Schreiber também mostra bastante camadas para o seu conflituoso personagem.
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