"Com o terceiro olho na Terra da profanação", de Catu Gabriela Rizzo (2017)
Legítimo representante do produção audiovisual da baixada Fluminense, o cinema independente da periferia. O filme de estréia da roteirista e cineasta Catu Gabriela Rizzo flerta o tempo todo com a experimentação narrativa, mesclando o documentário, a ficção e a narração feminina em um filme onde o foco é o olhar da mulher sobre o mundo que a rodeia. Protagonizado por três jovens atrizes, Gai (Flaviane Damasceno) , Tina (Fernanda Carvalho) e Joana Ribeiro são melhores amigas que percorrem o centro e a periferia de Nilópolis. É difícil falar sobre o que o filme quer efetivamente falar. A sinopse a seguir é como a produção entrega o filme ao público: "Na cidade de Nilópolis, situada na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, três jovens garotas desvendam o cotidiano de uma forma mística e esóterica. Amantes de música, as meninas Sofia, Gai e Tina se reúnem todo dia após a escola seja para passear no centro urbano ou para se conectar com a natureza e com as forças ancestrais femininas. Três garotas desenham seu cotidiano com pequenas magias. À noite, curtem o show da Trash no Star e fortalecem sua amizade com bruxaria e rodinha punk."
O filme tem longas sequências de um shopping popular sendo visto por um olhar neutro,e também, rezas das amigas na floresta, evocando entidades. É um filme com um olhar muito particular da roteirista e diretora. Um filme poesia, quase uma video arte.
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