"4X100- Correndo por um sonho”, de Tomas Portella (2020)
O que seria dos atletas sem a insegurança, os medos, a cobrança por prêmios, a competição, a derrota, a frustração, o desemprego, o dopping, os joelhos ferrados, o assédio moral do técnico, a idade que vem chegando? Pois em “4X100” todos esses temas são apresentados e espalhados entre as cinco personagens femininas, que compõe o time feminino olímpico no revezamento 4X100: Adriana (Thalita Carauta), Maria Lúcia (Fernanda de Freitas), Rita (Roberta Alonso), Jaciara (Cíntia Rosa) e Bia (Priscila Steinmann). Augusto Madeira interpreta o técnico. O filme começa em um prólogo, nas Olimpíadas do Rio em 2016, e a derrota do time. Maria Lucia é acusada de fazer o time perder e fica com esse estigma. Quatro anos depois, com as Olimpíadas do Japão, o técnico resolve chamar as mulheres novamente, e dessa vez, elas precisam lidar com os fantasmas do passado.
O filme, rodado em 2019, teve que lidar com a pandemia da Covid, que desestruturou totalmente a dramaturgia da história: no filme, elas seguem para o Japão e competem. O filme começa com uma cartela explicando que é um filme de ficção, e que a pandemia o tornou vítima da consequência da paralisação de todos os eventos.
Na parte técnica, o filme se beneficia de uma ótima fotografia. Ponto para o trabalho do elenco como um todo.
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