"Rainha da Lapa", de Theodore Collatos e Carolina Monnerat (2018)
Exibido em diversos Festivais LGBTQIAP+ pelo mundo, "Rainha da Lapa" tem como estrela a travesti Luana Muniz, morta aos 56 anos devido a uma parada cardio-respiratória em 2017.
O filme foi realizado antes de sua morte. Luana ficou conhecida por abrigar travestis, transexuais, prostitutas e portadores do vírus HIV em um casarão que mantinha no Rio de Janeiro, na Mem de Sá. Era aivista e lutava pelos direitos da comunidade Lgbt. Luana se tornou amiga do Padre Fabio de Mello e ficou nacionalmente conhecida no Progarama Profissão Repórter, quando foi gravada ao vivo batendo em um cliente e eternizou o bordão "Tá pensando que travesti é bagunça?""
O filme tem como foco Luana, mas se preocupa também em apresentar as 32 jovens travestis que moram no casarao: relatam seus sonhos, suas histórias, violência, preconceito e desejo de querer ter uma família que as abrace. Luana cuida delas com mão de ferro, pois sabe que a batalha é árdua. Algumas são drogadas, outras apanham. Luana se tornou protituta aos 11 anos de idade. É um filme cru, duro, mostrando uma vida marginalizada em um Rio de Janeiro melancólico, mas ao mesmo tempo, falando de personagens que não desistem jamais de seus sonhos.
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